UM AMOR PROIBIDO

Quem me poderá ouvir?

E a minha dor compreender

Entender meu sofrimento

Quando eu busco anseio a paz,

Mais me sobrevém este tormento

A dor de não poder amar

A quem espero e desejo

A mulher que me admira

E me inspira com seu beijo.

Quem vai segurar a minha mão?

Quando eu caminhar nas trevas da solidão

E meu coração sentir-se ínfimo

Quem me dará de beber?

Quando eu estiver sedento de saudades

A quem devo recorrer?

Quando eu sentir o frio do abandono

Qual um bicho sem dono

Vagando em nuvens negras, gélidas e amargas.

Em vagas escuras de minha alma

Que outrora apaixonada

Tão entregue aos sentimentos

Tão iluminada e brilhante

Agora se vê em cinzas

Sobre o pó na razão do pensamento

Quem poderá entender?

Os sábios, os ébrios ou os errantes.

Quem poderá explicar?

O verdadeiro sentido

Deste amor proibido

Estancado sob a lei

Aquela que bem sei

Que um dia há de me julgar

Eu espero neste dia absolvido

Compreender todo o sentido

Conjugando este verbo em alarido

Sim, o verbo amar.