Aos Domingos.
Noite passada eu tive medo
Tremi-me
Quase não dormi
Fiquei com medo
De nunca mais te ver
Foi um pesadelo aterrorizador
Bateu aquela saudade
E a impotência de estar
Longe de você
Apavorou-me.
Eu pensei que conseguiria
Lidar com essa calmaria
Sem ter noticias suas
Sem saber o que vai fazer
Sábado à noite e Domingo
Pela manhã.
Ah! Domingo.
O dia que a gente se via.
E quando eu não ia
Você me sorria e dizia
“Estou com Saudades
Por onde você andava?!”
A culpa da separação
Não foi minha
Tampouco a culpa é sua.
Na verdade... Agora não importa.
Nunca importou a causa
Importa a conseqüência.
Essa distância imensa
Não separa apenas nossos abraços
Porque,às vezes, longe
As pessoas ficam paradoxalmente
Mais próximas.
Mas essa distância devastadora
Rompeu com todos os nossos laços.
E aos Domingos, perco a minha identidade
Não sou mais ninguém
Não tenho mais vontades.
Aos Domingos eu lembro
Do teu sorriso, do teu aperto
Da tua benção.
Aos Domingos eu apenas recordo
De tuas histórias, do teu jeito
Do teu carinho.
Aos Domingos
Eu choro.