Sorrindo

No fim do corredor da escola,

Encontrei uma flor -

Sinto saudades dessa flor...

Estranhei muito a flor.

Ela era de uma beleza

Que, a princípio,

Não compreendi muito bem.

É natural...

O céu é todo incompreensível!

E descobri

Que o seu jeito incompreensível de ser flor

Fazia dela a coisa mais interessante e incrível

Aos meus olhos.

Essa flor era muito brincalhona:

O vento batia em suas pétalas

E parecia sentir cócegas,

Pois pelas redondezas

Eram ouvidos sorrisos após

Esse contato.

A flor brincava comigo

E sorríamos juntos

Da minha falta de habilidade

Em decifrá-la:

Enquanto que ela praticamente

Lia meus pensamentos.

De repente, um vento forte...

A flor foi embora e deixou saudades

Em meu peito ainda de escola.

Vento muito forte!

Mas algumas pétalas restaram

E, nesse contato restante,

Brincamos completamente

Eu e a flor

De imaginar a vida...

Porém, como fim inevitável de toda matéria,

O sumiço chegou às pétalas.

Chorei muitas vezes -

É natural...

Não se vê flores como aquela

Todos os dias.

Há cheiros e cores que lembram suas pétalas

E me fazem sorrir...

Ela brincava e sorria muito -

É inevitável...

Ela foi a causa das minhas maiores gargalhadas!

Há vezes em que a saudade

Aperta o peito,

Mas não há muita coisa a se fazer.

Às vezes fico pintando lugares

Na mente,

Imaginando como estará agora essa flor:

Decerto está sorrindo.

Eu vi uma flor

No fim do corredor

Da escola:

Sorri,

Ela sorriu,

Sorrimos

E nem nos despedimos...

04/11/2013

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 04/11/2013
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