a falta do inexistente.
mais uma vez o sol se esconde
nos escombros da noite mórbida;
mais uma vez vejo a lua,
companheira fiel da solidão.
mais uma vez a vertigem,
oscilando entre sonhos perdidos e desejos indefiníveis;
mais uma vez o escândalo íntimo:
loucura adolescente presa numa consciência madura.
mais uma vez o desespero:
a ânsia cega de um ébrio enlouquecido;
mais uma vez a saudade,
a falta do simples preenchimento do vazio.
mais uma vez você se foi.
algo apareceu, mas não, não era você;
mais uma vez espero
calada, por seus olhos e sorriso
que, mais uma vez, se foram...
mais uma vez...