a falta do inexistente.

mais uma vez o sol se esconde

nos escombros da noite mórbida;

mais uma vez vejo a lua,

companheira fiel da solidão.

mais uma vez a vertigem,

oscilando entre sonhos perdidos e desejos indefiníveis;

mais uma vez o escândalo íntimo:

loucura adolescente presa numa consciência madura.

mais uma vez o desespero:

a ânsia cega de um ébrio enlouquecido;

mais uma vez a saudade,

a falta do simples preenchimento do vazio.

mais uma vez você se foi.

algo apareceu, mas não, não era você;

mais uma vez espero

calada, por seus olhos e sorriso

que, mais uma vez, se foram...

mais uma vez...

Carolina Meneses
Enviado por Carolina Meneses em 24/04/2007
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