Dê-me o teu abraço
Dê-me um colo ou até mesmo um afago,
pois o mundo hoje, esqueceu-se de mim.
As dores e as cicatrizes que na alma trago,
há muito se foram com a esperança do fim.
Dê-me apenas um abraço amigo,
porque meu corpo dilacerado já é dormente.
Sinto minhas forças esvaindo-se a procurar abrigo
e encontrar só o desamor em tanta gente.
Dê-me amigo, uma palavra de fé,
pois com tamanha luta já perdi a certeza.
Tenho andado muito e cansado estão meus pés...
Ando devagar esmorecendo-me de tristeza.
Dê-me, amigo, ao menos um abraço afetuoso,
pois meu coração até perdeu-se de mim.
Deixa-me ficar no teu abraço silencioso
pois vejo em ti, um pouco do mais profano querubim.
(Tanea Fragoso)