Aquele rosto
 
 
Lembro-me do seu olhar,
Pelo tempo já marcado,
Agora estava tranquilo,
Pelo véu amortalhado.
A morte é o fim de tudo
Da tristeza e das dores,
É o fim da discordância,
Onde está à esperança?
Deve estar morta também.
Agora o mudo silêncio,
Absorve o ambiente,
Parece que as palavras,
Estão presas na garganta.
Ninguém ousa dizer nada,
Todos parecem perdidos,
Ela era como o brilho,
Da mais luminosa estrela,
Era a força embora frágil
Mão suave e protetora.
E agora meus amigos,
Por onde será o começo,
Dessa vida, dos tropeços,
Da encruzilhada da vida.
Hoje ainda, ela era vida,
Agora não é mais nada.
Olho os olhos fechados,
Daquela mulher amada,
Minha mãe, doce heroína,
Minha inesquecível fada.
 
+07 / 09 / 1989 /
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