DOCE DELÍRIO

Com o tempo, tudo havia se desfeito
Desolada deitou-se desesperançada,
Trocaria qualquer coisa por um beijo
Daquele que a deixou tão apaixonada.

Guardava na memória acontecimentos
Os revive aos poucos, olhos fechados
Ainda presentes em seus pensamentos
Nítidas lembranças daqueles momentos.

Então ela deitada sobre a úmida relva
Orvalhada pelo sereno da madrugada
Considerava quando o céu azul fitava
Curta era a distância que os separava.

Em profundo delírio, a alma desvairada
Talvez atormentada por tanta saudade
Sentiu a presença do seu doce amado
E furtivamente se beijaram, alucinados.

Denise Alves de Paula
28.08.13