TENTANDO ESQUECER
TENTANDO ESQUECER
Turva-me a noite a face esquecida,
A mim não me empresta a luz o sol.
Na agrura que pranteio triste partida,
As cores perdidas do extinto arrebol.
Sorrisos emurchecidos ao entardecer
Da convivência, que tão pouco durou,
Postas guirlandas nas portas, sequer
Devolvem a alegria que tão cedo findou.
Lamentos derramo aos acordes da dor,
Expressão de desgosto na ébria feição
Meu canto é lamento, perda do amor,
Cruel sentimento que sobre mim recai,
Que agita e desespera e geme no peito;
É saudade maldita que nunca se vai.
DE EGÊ= SP
do livro poeira e flor vol III