MÃE

MÃE

E então o céu se abriu,

Já não eram mais avenidas sem brio,

Era um oásis de esperança...

E de repente no ar floriu,

Uma alegria e uma festança

A guarida de um olhar de graça,

Era festa, era a infância,

Dos dias idos aos leitos dos risos

Das alegrias plenas, do colo de minha heroína,

Minha mãe, eu queria ainda ser menina

E ganhar um puxão de orelhas...

Pois saberia que ainda a tinha,

Assim, perto da inocência,

Eu era feliz e não sabia,

Tu eras minha rainha...

Mas, agora,

A amoreira chora,

A rosa se despedaça,

Só o vento na vidraça,

E a espera...

De abrir minha poesia,

E cantar todos os dias,

Aos ares, quem eras...

A mais bela flor do meu jardim,

A primavera,

Que se reservou a um estado de repouso...

Um dia,

Meus olhos recuperarão o gozo...

De te abraçar, e serás novamente,

Minha!

Marisa Zenatte

Mrmaryllady
Enviado por Mrmaryllady em 15/09/2014
Reeditado em 15/09/2014
Código do texto: T4962872
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