MOCIDADE ARDENTE
Fresca mocidade
Traz-nos ao peito saudade
O corpo leve e a pele macia
A confiança no tempo
Na eternidade desses momentos
E aí? Tal incoerência
Entre o céu e o mar
Entre a erudição e a inocência.
Ainda sinto na boca
O sabor dos beijos quentes
Que meus lábios inocentes
Entendiam-se ser o máximo
Ser o infinito e o clímax.
Dos olhos ávidos transparentes
Ir de encontro a outro olhar
Obsessivo, terno, quente
Como entorpecente!
Sensações ainda sinto
Do andar com jeito e com malícia
Com sabor. Uma delícia!
Olhares que freqüentemente
Lançavam flertes ardentes
E no meu peito sucumbia
Um amor que me ardia
Parecia vidro quebrado
Quando ao longe eu te via.