RUA ESTREITA.

Abro minha janela de ilusão,

Entre lindas rosas matizadas,

Espero por ti, mas em vão...

Nas noites calmas enluaradas.

Cheira ainda ao teu perfume,

No jardim de amendoeiras,

Em meu peito, o queixume,

Saudades das brincadeiras.

Tua juventude enfeitavas,

Com flores e muitos sorrisos,

Quando no baile dançavas,

Soltavas teus cabelos lisos.

Por entre amores e paixões,

Por culpa de teu lindo rosto,

Deixavas muitos corações,

Perdidos, a sofrer desgosto.

Foste linda! A noiva perfeita!

Naquele dia aos pés do altar.

Vi-te pela janela, na rua estreita,

Onde não voltaste a passar.

LuVito.