O adeus ao bonachão.

Quando o longe está do lado de dentro.

Quando o adeus fica sobressalente.

Quando o corpo seu se livra do tormento.

Quando o seu último sorriso não me sai da mente.

Você sabia da sua partida.

Embora não deixasse de sonhar com o retorno para suas plantas e animais.

Você nos ensinou a alegria pelas coisas simples da vida.

Mas a preocupação com a saúde chegou tarde demais.

Agora olhas aí de cima junto com seu filho, meu querido primo...

Duas almas nobres que poderiam ter vivido mais.

Mas as almas boas parecem ser colocadas juntas a nós como um mimo...e mesmo que subitamente retiradas não se fazem esquecidas jamais.

Quando pequena eu era sua boneca que falava e andava.

Quando crescia toda vez que me via seus olhos brilhavam de admiração por cada nova função daquela menina que não deixava de ser boneca.

Eu já não podia curar seu doente coração

Mas ainda consegui ver lágrimas de emoção por saber que tinha virado médica por vocação.

Minha despedida vou considerar então como sendo dois meses atrás.

Você pegou minha mão e sorriu com emoção :

"Vai, boneca doutora, vai curar de muita gente com sua profissão e dar mais orgulho ainda para seu tio bonachão!"

Angela MT Melo
Enviado por Angela MT Melo em 20/12/2014
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