Dor

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Dor

O teu sorriso espontâneo?

< Nunca mais terei comigo. >

Todos os nossos sonhos a dois?

< Viraram desesperança. >

As nossas saídas repentinas...

< Com quem me esconderei agora? >

As tuas piadas sem graça...

< Como eram adoráveis! >

O teu sorriso virou saudade.

Nossos sonhos, terríveis pesadelos.

Exponho as cicatrizes da morte,

envolvida na vazia imensidão da ausência.

Na tela que vejo, ao fechar os olhos,

tu estais sorrindo para mim.

A morte, tal qual a vida,

não passa de mera ilusão.

Sim, meu amor, tu viverás,

eternamente, dentro de mim.

Sinto o teu cheiro agora...

E meu corpo, saudoso,

arrepia-se completamente

ao singelo toque das tuas mãos.

Descansa em paz.

Aqui, estaremos felizes.

Afinal,

tu permaneces

a ilusão da minha realidade.

Iguatu-CE, 26 de janeiro de 2015

20h56min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 26/01/2015
Reeditado em 23/10/2015
Código do texto: T5115332
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