SAUDADES DE UM POETA...
Foram postos os versos nos incunábulos;
Para serem lidos por homens sapientes.
Frases que saiam dos seus lábios eloquentes
Pairam hoje indecifráveis nos conciliábulos.
Pois, no abstratismo de todos os venábulos;
Destroem-se ressábios, frios, e indiferentes.
Restando apenas nos grandes repentes;
A cantiga abstrata dos vocábulos.
Perante a tribuna poética de Camões.
Na transcendência versátil dos seus dons.
Vê-se a sapiência imortal das esperanças;
Serão vividas por homens noutras esferas.
Mas agora fica em nós, o que tu eras;
No museu eterno e imóvel das lembranças