EITA SAUDADE DANADA!



A saudade às vezes é tanta
Que eu não consigo evitar,
As lágrimas meu rosto banha
E choro pra não sufocar.
É que o pranto dói tanto
Se ficar armazenado,
Em lágrimas o transformando
Deixa o peito aliviado.
Depois de banhar o rosto
Com as lágrimas da saudade
O sono me chega aos poucos
E adormece a realidade.
É que o sono ameniza
A dor desta solidão,
Que queima, não cicatriza,
Aqui neste coração.
Às vezes tento fingir
Para disfarçar a dor
Mas ela está sempre aqui,
Seguindo-me aonde vou.
E onde quer que eu esteja
Mesmo em meio à multidão
Ela diz com sutileza
Que eu estou em suas mãos.
Ela já me escravizou,
Se sente dona de mim
E segue-me seja onde for
Até que eu chegue ao fim.