Não vê que é saudade?
Não escuta essa voz?
Não sente? Não vê?
Estica um pouco a alma lá pra fora
Ou aqui pra dentro...
E agora?
Até o balanço das árvores ali
O vento que passa sem pena
Está lá e também aqui.
Meu Deus!
Não vê que é saudade?
É o cheiro que fica e nunca vai embora
É o calor que ficou
É a dor na memória.
Ela vive e meu peito assola
Vem, vai e volta sem jamais ter ido
É a falta pulsante que só grita e chora
É presença marcante do que foi perdido.
Meu Deus!
(...)
E agora?