Os meus dias infantis.

Meu caro leitor amigo

Eu quero cantar contigo

A minha grande saudade

Do tempo de mãe querida

Começo da minha vida

Prazeres da mocidades

Desse tempo estou saudoso

Embora muito cioso

Guardo tudo na lembrança

Já vejo perto a velhice

Mas recordo com meiguice

Do meu tempo de criança

Da casa que morei nela

A saudade me revela

Imensa dor cruciante

Ali mamãe faleceu

Minha prole pereceu

E dela eu vivo distante

Mamãe fez a despedida

Daquela velha guarida

Só tenho recordação

Daquele passado lindo

Só resta meu tamarindo

Ma frente do casarão

No lar dos meus ancestrais

Eu perdi os meus velhos pais

A minha progenitura

Distante do meu abrigo

Carrego sempre comigo

A minha grande ternura

Somente a cruel distancia

Faz me lembrar da infância

Que passei no lar paterno

Longe de mamãe querida

Vou sofrendo a minha vida

Meu tormento sempiterno

Foi nesse lar campesino

Que tive quando menino

Conselhos dos meus ancestres

Nesses versos verdoengos

Recordo meus avoengos

Como os meus primeiros mestres

Hoje eu lamento sozinho

Distante do velho ninho

Da minha tosca orfandade

E como corvo agourento

Eu vou cantando o tormento

Da minha infelicidade

Longe do meu tamarindo

O meu ser vai sucumbindo

Neste mundo tão vulgar

A solidão desmedida

Faz lembrar mamãe querida

Matrona do nosso lar.

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 07/08/2015
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