PARADOXO (DUETO)
PARADOXO
Dueto (Marisa Zenatte & Gleidston César)
Vejo no cais, um veleiro voraz,
Mar, esteio militar...
Nos braços do vento,
Pensamentos em escolta;
Em pouso, em tormentos...
No laço do tempo,
Olhos em repouso,
Só a vida
Em movimento...
Teus olhos no infinito,
Cativos,
Numa viajem sem fim...
Mas como um pássaro migrante
Em idas e voltas,
Fazes de tua rota,
Mananciais...
Sempre que voltas
O tempo pára,
Meu coração dispara
És o meu porto, meu cais,
Meu único destino voraz,
Se por vezes voo,
É porque me dás asas,
E já não regresso ao mar
Sem melodia, sem despedidas,
Nas noites de embriaguez
O seu ode me faz companhia
E nos braços de tuas lembranças
Repouso toda poesia, minha e tua.
Poesia Marisa Zenatte & Glaidston César
* Direitos Reservados