AUSÊNCIA- MINHA TERRA MONJOLOS

AUSÊNCIA

minha terra-Monjolos

Meus versos, pálidos mensageiros, rústicos, porém sinceros florescem

macios como a brisa batendo na folha nova.

Florescem de uma saudade que desce de mansinho no coração distante.

Teus rios de águas claras desprendem das alturas, desde as manhas de sorriso feliz e luzidio, rugindo nas catadupas, nas soleiras das rochas empinadas, corcoveando nas planícies.

O perfumado florir dos cerrados e as fontes jorrando vida!...

O sotaque da terra calcária, fala macia de nossa gente...Saudades.

Ainda trago o canto livre de canários e sabias,

trago o cheiro da aroeira agreste

e o sabor dos jatobás nas margens do pardinho

onde, quando menino brinquei, sorri e nadei,

onde colocaram pedras no alicerce de meus sonhos, e eu os apalpava de braço dado com minhas ilusões

sou... sou o mesmo de antes

de jeito matuto desgarrado

e de amor transbordante.

E meus versos não explicitam a dor da ausência.

Egê Valadares-sp

EGÊ VALADARES
Enviado por EGÊ VALADARES em 22/09/2015
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