A revolta da saudade

Há uma dor...

um aperto, dentro de mim.

O tempo custa a passar...

Passa a ser cúmplice.

Cúmplice da saudade.

Já não há mais como controlar:

é como se meus sentimentos

estivessem em revolta.

Não é uma revolta qualquer:

é a revolta da saudade.

Já não posso me concentrar...

Ela ocupa minha mente.

Ocupa com seu sorriso,

suas doces palavras...

As imagens de tardes passadas juntas.

Teriam elas ido embora

para nunca mais voltar?

Medo.

Já não sou mais dono de mim.

Maldito tempo, que custa a passar!

Se ao menos pudesse vê-la...

Uma única notícia!

Nada...

Encontro-me sozinho,

afogando-me em um mar de indecisões,

medos, ilusões.

De mãos atadas...

Desejando com todas as minhas forças,

desejando poder ver seu sorriso novamente.

Sem importar-se com o preço a pagar...

O toque do celular.

Voltando a realidade,

um sorriso.

Ouço a doce voz familiar:

"Te amo..."