CHEIRO DE SAUDADE

Nessa noite

De magia e inquietação

Onde o silencio

É privado de sua calma

Pelo balanço dos ventos

E pela grata e fina chuva

Que levanta a poeira do chão

E enche meu ser desse aroma

Faz vibrar toda minha alma.

É que meu espírito perneia

Onde me vejo aconchegada

São seus braços

Que me abraçavam

E protegiam-me

De molhar-me inteira

Enquanto pra casa me levava.

E agora sob as gotas cristais

Sinto os sintomas

De tão antiga cerração

Dos mesmos ventos,

Do mesmo cheiro

Da poeira molhada

Deixando-me em êxtase.

Agora não quero dormir.

Quero só ficar sozinha aqui

Perco meus olhos

Nessa imensidão negra

Deixo-me molhar agora

Antes que dissipe

Essa beleza de mim.

Deixo que o vento amigo

Venha me sussurrar

Teu esconderijo me contar.

Liberte-se desse segredo

E me diga onde você está.

FATIMA KALIL
Enviado por FATIMA KALIL em 09/02/2016
Reeditado em 10/02/2016
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