PLATÔNICO

Estou em meio

A multidão de rostos

Vou tropeçando

E nesses sonhos loucos

Apalpo cada instante daqueles

Em que estivemos juntos.

Vou construindo

Meus líricos versos

Penso que assim

Posso sentir teu arfar.

Saudade posso sentir

Pois os sonhos de agora

São doces vagueações

Do que sonhamos outrora.

Rostos amáveis

Agora são vultos

Que se escondem na

Penumbra do esquecimento.

Se eu não te ver agora

Jamais verei outra vez

São dias demais

Que se desvaneceram

E dias de menos

Que terão que ser contados

Com muito zelo

Pois o tempo implacável

Encarrega-se sem piedade

De torná-lo mais e mais

Cada dia mais distantes.

FATIMA KALIL
Enviado por FATIMA KALIL em 10/02/2016
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