Poeira e cinzas
De repente tudo torna-se poeira
Mais uma vez poeira e cinzas que lacrimejam meus olhos.
Não é possível esquecer
Danoso é lembrar
E o futuro tão perto! É amanhã e depois de amanhã e depois… Mas não posso adivinhar, se quer, se viverei das coisas que me comove.
Descobri uma fenda no meu coração
E dela vaza um pouco da minha alma
E dela cresce interminavelmente o fim.
Os fantasmas chegarão a seu tempo
Inevitável será não olhá-los nos olhos
Saberei dizer o que valeu a pena para afugentá-los do meu redor pra sempre?
Poeira e cinzas é o que dizem que guardo de cada ossos, carne e sentimentos;
Das ilhas que visitei
Daquilo que vivi e vivo sem conhecer nada.