Poeira e cinzas

De repente tudo torna-se poeira

Mais uma vez poeira e cinzas que lacrimejam meus olhos.

Não é possível esquecer

Danoso é lembrar

E o futuro tão perto! É amanhã e depois de amanhã e depois… Mas não posso adivinhar, se quer, se viverei das coisas que me comove.

Descobri uma fenda no meu coração

E dela vaza um pouco da minha alma

E dela cresce interminavelmente o fim.

Os fantasmas chegarão a seu tempo

Inevitável será não olhá-los nos olhos

Saberei dizer o que valeu a pena para afugentá-los do meu redor pra sempre?

Poeira e cinzas é o que dizem que guardo de cada ossos, carne e sentimentos;

Das ilhas que visitei

Daquilo que vivi e vivo sem conhecer nada.

Liana Lyma
Enviado por Liana Lyma em 10/02/2016
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