Visita

Hoje a saudade vestiu-se de peculiar,

E me trouxe lembranças tuas.

Ela ocupou todo meu lar.

Mas de aspecto tão intrínseco,

Não me deixou algo belo,

Nem algo angustiante.

Eu não soube decifrar.

Até que a singularidade me consumiu,

A ponto de mostrar o obvio.

A saudade não vestiu nada hoje,

Tão pouco está a me visitar.

O que eu estou a sentir,

Não é um sentimento.

Impar em demasia.

O que sinto é tua presença.

Você está aqui.

Eu posso sentir, amor.

Eu posso, finalmente, sentir amor.

Em memória a Adenilso José Pereira.

Aline do Amaral
Enviado por Aline do Amaral em 15/04/2016
Reeditado em 15/04/2016
Código do texto: T5605743
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.