Visita
Hoje a saudade vestiu-se de peculiar,
E me trouxe lembranças tuas.
Ela ocupou todo meu lar.
Mas de aspecto tão intrínseco,
Não me deixou algo belo,
Nem algo angustiante.
Eu não soube decifrar.
Até que a singularidade me consumiu,
A ponto de mostrar o obvio.
A saudade não vestiu nada hoje,
Tão pouco está a me visitar.
O que eu estou a sentir,
Não é um sentimento.
Impar em demasia.
O que sinto é tua presença.
Você está aqui.
Eu posso sentir, amor.
Eu posso, finalmente, sentir amor.
Em memória a Adenilso José Pereira.