Uma face da saudade

No prisma da saudade

A face desconhecida

Refração sem lembranças

Dança de cores sem imagem

Em que momento te guardei aqui?

No pensamento presente antes do alvorecer

Que se mantém após a última luz apagada

Saudade insensata

Mas quando te vi, pude compreender

Havia de dispensar a sensatez

E te ver ocupando o seu lugar

Despi-me para te receber

Deixo meus olhos pousarem nos seus

Nessa sutil intenção de enlace de universos

Esse bem querer já não cabe apenas em mim

(Per)correrei chãos para desaguar em seu abraço

Texto de 04/03/16