Como um fugitivo condenado a morte assim era eu.
Como alguém que se esconde em cavernas.
Um dia eu fui me refugiar em teus braços, fazia frio e a noite era tenebrosa.
Não era essa a minha pobre intenção, mas o louco amor prepara seus dramas sem nenhuma rota de fuga
Levando apenas minha honra eu fui prisioneiro dos teus encantos.
Mas tu gargalhavas minhas desgraças.
Repudiasse meu coração, apedrejasse meus sentimentos.
E como alguém detestável me laçasse em abismos.
Agora em ermos esquecimentos, bem longe daqueles anos reclamo tua ingratidão.
Mas cuido em querer teu amor, cuido em lembrar seu nome.
Apesar dos fatos que nos levaram a morte, eu cuido em guardar as lembranças de uma memória sepultada em profunda cova.
Ainda te vejo como antes, ainda te amo como naquelas noites de canções a céu aberto.
Ainda insisto como antes o teu grande amor.