Teu abraço

Caminhando assim, lentamente,

Veio-me então calmaria prestante.

Veio então a lembrança do sorriso

Bem sem querer, bem do nada,

Intencional como essa calma.

Veio-me vontade súbita

Do teu abraço.

Tão forte e singela meu bem,

Que cheguei a sentir o calor,

E o aperto demorado também.

Na cintura o ardor

Dos teus braços,

Na ‘minha alma de repente

A ligeira completude

Do teu abrigo de lã

A paz do teu cheiro comedido,

A alegria dos teus olhos incertos

Tudo isso coube

Nessa vontade instantânea

Do teu abraço,

Desafiar as leis da física

E num segundo

Em tua lã e abrigo

Poder ocupar o mesmo espaço!

01/08/2016 – a.m MB