PÉTALAS DE SAUDADE
Viveu tão pouco, coitadinha dela,
nas mãos estranhas de quem a acolheu...
despetalando-se tão antes da hora
que de tristeza perdeu o viço, morreu.
Era vermelha e muito perfumada,
ornamentada pela esperança,
mas por estranhos fora arrancada
do seu habitat e pela ganância...
Restou apenas sua essência doce
que todo ar dali se perfumou.
E por mais linda que essa rosa fosse
só a frangrância dela ali se conservou.
Lembrança essa que nunca se esquece
e que saudade há de se chamar,
Aquela rosa singela feito uma prece
que ao recorda-la até me faz chorar...
Lembrando-me dela assim tão docemente,
de certa forma tento descreve-la;
talvez, nem saiba verdadeiramente
porque teria eu, guardado suas pétalas...