SILENCIOSAMENTE

É noite!

A distância de seu corpo perturba minha alma

E eu não consigo dormir

Vontade de sentir sua boca na minha,

De ouvir sua voz mentindo que me ama

Desejo que o dia se prolongue,

Que a noite não exista

E que meus olhos não se acendam mais

Os santos não escutam

São como você

Eu me iludo com sua chegada

E um tumulto no meu peito me tonteia

Lembro que prometi não sentir saudade

Rabisco poemas que gritam seu nome,

Rasgo papéis,

Berro seu nome silenciosamente

Indiferente aos meus apelos,

Você dorme ou faz amor a esta hora

Nem ao menos se lembra que um dia me amou

Na minha cama, sem voz, eu sonho sem dormir.

Ziza Saygli
Enviado por Ziza Saygli em 02/07/2017
Reeditado em 02/07/2017
Código do texto: T6044007
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