Talvez amanhã escreva uma poesia

Não sei porque as palavras estão fugindo de mim,

Os versos se escondendo, as poesias correndo

Por entre as lágrimas sem se fazerem poesias.

Os sentimentos parecem perdidos, confusos,

Fazendo dos pensamentos apenas sombras

Que se escondem num silêncio que não escrevi.

O papel se deita em minha frente, o lápis...

E uma borracha, do tamanho de uma imensa

Tristeza, dessas que não apagam palavras,

Mas apagam sonhos, apagam vontades,

Até mesmo a vontade de se buscar momentos

Que um dia vividos, cheios ainda de sentido,

Tentam ficar dentro de nós lembrando sempre

O que fomos um dia. Hoje, os versos, as rimas

Se perderam no tempo, ou dentro da alma,

As poesias, como se escrevessem o vazio de mim,

Ficaram silenciosas, inertes, nem se fazerem,

Pelo menos, poesias inacabadas, que fossem.

Nem fragmentos de mim quiseram ser hoje...

E por tanto, peguei saudades, tristezas, angustias,

Até a solidão, pus dentro de uma gaveta e...

Quem sabe amanhã escreva uma poesia?!

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 27/08/2017
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