O QUE MAIS ODEIO

Odeio estes frissons que me causa

Este louco amor que me desperta

Esta dor que me tanto aperta

Por te querer e de querer, ter náuseas

Odeio como lembranças tuas me tomam

E esta saudade castiga-me a boca!

Riscos audíveis tatuados sob a pele

Tatuagens! Digo-te que não são poucas!

No prelúdio fomos sonhos tão grandes

Hoje, absolutos estranhos sem mensura

Mas, ainda é certo, que te quero bem

Ainda que alguém, ache isso, loucura

Odeio a nostalgia desses teus afagos

Cujos unguentos, não me aliviam

Estão em mim, coisas que não deviam

E dependentemente, quero mais um trago

A forma como carrego-te é meu fardo

Todavia, de outra forma, não saberia

Tua tão doce voz é o que mais odeio

O teu som, de amor, me entorpecia.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 10/09/2017
Código do texto: T6109704
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