O QUE MAIS ODEIO
Odeio estes frissons que me causa
Este louco amor que me desperta
Esta dor que me tanto aperta
Por te querer e de querer, ter náuseas
Odeio como lembranças tuas me tomam
E esta saudade castiga-me a boca!
Riscos audíveis tatuados sob a pele
Tatuagens! Digo-te que não são poucas!
No prelúdio fomos sonhos tão grandes
Hoje, absolutos estranhos sem mensura
Mas, ainda é certo, que te quero bem
Ainda que alguém, ache isso, loucura
Odeio a nostalgia desses teus afagos
Cujos unguentos, não me aliviam
Estão em mim, coisas que não deviam
E dependentemente, quero mais um trago
A forma como carrego-te é meu fardo
Todavia, de outra forma, não saberia
Tua tão doce voz é o que mais odeio
O teu som, de amor, me entorpecia.