Esperança Morta

A tua sede de posse,

Teu medo inquieto e brusco me entontece,

Me fazem caminhar em desequilíbrio, em círculos desiguais,

Me amedrontam.

O vento empoeirado e enraivecido me cobrem as esperanças, esmagam meus sonhos de ser feliz.

Morta está a vida que antes, cheia de encantos, me falava de paixão, de verdades.

Morto está o silêncio que antes escondia em seu âmago, o desejo, a quimera.

Busquei na noite chuvosa, escura e sedenta um abrigo, um açoite aos meus mistérios;

Busquei em teu abraço, ó amor insano, um lenitivo para minha solidão, mas caí na armadilha férrea da incompreensão que me rouba a serenidade do olhar, o doce da água, o mel das frutas...

Perdi-me no tempo que pensei haver contruído com tua presença.

Agora, cabisbaixa, cansei-me dos abraços vagos e dos olhares obscuros,

de dores velhas;

Cansei dos gestos indesejados, dos caminhos sem trilhas...

Cansei do amor egoísta que mata esperanças!!

Madalena Gomes
Enviado por Madalena Gomes em 02/11/2017
Código do texto: T6160450
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