Existencias

Como libertar-me do meu próprio corpo?

Lágrimas caem dos olhos

Mas são da alma

O corpo só padece

A dor é por dentro

Não dentro pelo corpo

Mas dentro do corpo

Este que visto e sinto- o oco.

Nas ruas

Um espantalho

Sem riso

Olhar distante

Andar perdido por ruas que antes faziam sentido

Havia uma direção

Um encontro

Um motivo

Quem sou eu?

Um vulto desimportante.

Em momentos, tempos atrás, um alguém cheio de vida!

Como pode um ser físico

Transformar-se em abstrato

Entrar em estado anonimato

Na mente lúcida do outro?

Que outro?

Aquele que sorri pelas ruas

Que veste sua alma com o corpo

Rico de emoções e sentimentos vívidos

Enquanto luto contra a morte que me vem aos poucos.

Liana Lyma
Enviado por Liana Lyma em 11/01/2018
Código do texto: T6223426
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