Existencias
Como libertar-me do meu próprio corpo?
Lágrimas caem dos olhos
Mas são da alma
O corpo só padece
A dor é por dentro
Não dentro pelo corpo
Mas dentro do corpo
Este que visto e sinto- o oco.
Nas ruas
Um espantalho
Sem riso
Olhar distante
Andar perdido por ruas que antes faziam sentido
Havia uma direção
Um encontro
Um motivo
Quem sou eu?
Um vulto desimportante.
Em momentos, tempos atrás, um alguém cheio de vida!
Como pode um ser físico
Transformar-se em abstrato
Entrar em estado anonimato
Na mente lúcida do outro?
Que outro?
Aquele que sorri pelas ruas
Que veste sua alma com o corpo
Rico de emoções e sentimentos vívidos
Enquanto luto contra a morte que me vem aos poucos.