Nada Adianta

Nas tardes de sábado

Eu vou sentir a sua falta

E vou andar ao redor da muralha

Tentando alcançar a praça

Que existe em teu peito

Já tentei escalar mas de nada adianta

Como uma criança

Eu choro pelo venerado e proibido doce

E como homem crescido

Desejo adquirir uma febre terçã

Pra te sentir num delírio

E adentrar teu corpo

Possuindo-te com quentes mãos

Eu vou ocupar meu tempo

Fazer novos amigos

Cuidar do meu espírito

Dedicar-me aos meus estudos

Mas de nada adianta

Como uma centelha de esperança

Você está para sempre escrita

Em meus planos futuros

As noites vão ser todas compridas

Cumprida a minha parte no acordo

São vias congruentes as nossas

Quando você vai voltar pra mim?

Quando nossa história vai começar?

Cada dia nessa terra é um dia a menos

Na penosa missão de transformar

É triste ver como este corpo cansa

E alma perde voz até para falar

Fica um leve sussurro

Um brando recado

As possibilidades são muitas

Mas é ao teu lado

Que tenciono estar.

Te amo como Humbert amou Lolita

E como Maomé amou Allah

Minha deusa, minha ninfita

É infinita a minha sede de te amar

Por ti sou montanha

Sou oceano

Campo verde

Pleno mar

Aqui onde estou sinto uma leve brisa

Me pergunto aonde você deve estar...