(Des)nutrir a saudade

Saudade, saudade...

por que alimentar-te?

Tuas causas

e consequências

ainda estão aqui.

Teu começo

ainda não teve fim.

Será que um dia

permitirás que de ti

eu me desate?

Quero te preencher

de memórias,

mas também anseio

por revivê-las.

Por que não me canso

de te nutrir?

Que mais preciso

(não) ver?

Que mais necessito

(não) sentir?

Para que, enfim,

eu desista de agarrar-te

e (te) me permita

um fim?

Aru Lapolli
Enviado por Aru Lapolli em 06/02/2018
Reeditado em 06/02/2018
Código do texto: T6246804
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