SAUDADES TUAS...
Distante de ti,
Num quarto que não é nosso,
Num mundo diferente,
Sinto-me estranho...
Lá fora a tarde estar desbotada
E olhando as vidraças embaçadas
Pelos pingos da chuva
Tento busca-la em vão no horizonte.
Meus olhos buscam os teus,
Meus lábios clamam teus beijos,
Meu corpo deseja o teu...
Cai a tardinha serena ao som da chuva
E logo virá a noite para falar de ti.
O quarto está frio, já não durmo.
O empo não para, mas, no entanto machuca.
Sob o lençol a descoberta: você não está.
Amanheci com a chuva.
Um ao outro fizemos companhia:
A noite chorou pela ingratidão dos amantes
E eu chorei de saudades tua.