Pedaladas de um tempo

Cada pedal seu é um espaço

Ou um aderente de firmeza

Geram infinitos ziguezagues

Ou um bailar e a sua leveza

Os pneus possuem pelos

E feito pele se desgastam

A cada giro produzido

Ao passado se entrelaçam

Quando o selim é descanso

A pedivela já não é ágil

O tempo também respira

O vai e vem não é fácil

Se o corpo de novo se inclina

Pegando carona na vida

O guidão é direcionamento

E as manoplas são aquecidas

Paralela ao firme quadro

A corrente se rodopia

Dita o ritmo daquele bailar

É um esforço de alegria.

Eli Moura
Enviado por Eli Moura em 03/07/2018
Código do texto: T6380763
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.