Pedaladas de um tempo
Cada pedal seu é um espaço
Ou um aderente de firmeza
Geram infinitos ziguezagues
Ou um bailar e a sua leveza
Os pneus possuem pelos
E feito pele se desgastam
A cada giro produzido
Ao passado se entrelaçam
Quando o selim é descanso
A pedivela já não é ágil
O tempo também respira
O vai e vem não é fácil
Se o corpo de novo se inclina
Pegando carona na vida
O guidão é direcionamento
E as manoplas são aquecidas
Paralela ao firme quadro
A corrente se rodopia
Dita o ritmo daquele bailar
É um esforço de alegria.