ABENÇOADA
No curso do meu rio
sempre nadei contra
a sua correnteza.
Na descrença da esperança
estive sempre em compania
da iniqüidade.
Do presente...
o passado foi sempre
um pesadelo.
O sofrimento do meu hoje
é a consequência do meu
ontem inconsequente.
No amor sempre segui
os dítames da razão e
no entanto, tudo em vão.
De amor só o coração entende,
obediente como sou, vou acatar
o que meu coração ditar.
Socorra-me Senhora...
Senhora minha.
Afogo-me neste mar de ansiedade.
Ajuda-me amada;
amada minha.
Queimo-me no incêndio desta saudade.
Apresse amor da minha vida.
Vida do meu amor.
Esta distância que nos separa me tortura.
Querida, minha querida.
Não te detenhas, ouça a
voz do coração e venha.
Abençoada sejas, oh! Maria Benta.
No céu, no mar, na terra e
em meu coração.
Ataliba Campos Lima
21, 24/02/07
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