Calçadas.

E doravante aquele lugar tornou-se sagrado pra mim.

Santificado pelo que ali nascia; entre bueiros e pessoas estáticas.

Entre casas e garrafas vazias.

Nasceu ali uma cena. Completa, plusante, viva.

Da rua antes morta, surgiu inexplicavelmente a Vida.

E desde então todos aqueles que ali passaram, perceberam a mudança implícita:

Tudo cantava agora! Tudo dançava, fumava, sorria.

E mesmo que percamos as chaves, as moedas, os cabos e a comida...

Sempre teremos a calçada à qual demos vida.

Meri Jaan
Enviado por Meri Jaan em 02/10/2007
Reeditado em 10/09/2008
Código do texto: T676885
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