Calçadas.
E doravante aquele lugar tornou-se sagrado pra mim.
Santificado pelo que ali nascia; entre bueiros e pessoas estáticas.
Entre casas e garrafas vazias.
Nasceu ali uma cena. Completa, plusante, viva.
Da rua antes morta, surgiu inexplicavelmente a Vida.
E desde então todos aqueles que ali passaram, perceberam a mudança implícita:
Tudo cantava agora! Tudo dançava, fumava, sorria.
E mesmo que percamos as chaves, as moedas, os cabos e a comida...
Sempre teremos a calçada à qual demos vida.