Outros nomes
De outros oportunos nomes
certamente o tempo elegerá,
pois a qual voz que declamem
sempre há o que privilegiar.
Instantes que dobram segredos
numa colorida repetição de gestos,
a fluência e delicadeza dos gregos
no teu sorriso doce e modesto.
À luz da aurora, repousas leve e etérea
como um jardim a desabrochar
e na vã apreensão humana que encerra,
busco aos saguões da memória desafiar.
O momento, o encanto, o lar
o passado que se derrama no presente
e retém a fragrância a dissimular
o espectral corpo ausente.
Incerto do que olvidei nesta aurora,
retorno a estas imagens que persistem,
qual espada aliviará a dor de outrora?
Quais nomes inescrutáveis que insistem?