Sob o chão vermelho respingado
No som das gotas de chuva
Meu corpo esfria no respingo
Da gota mais gelada e graúda
Que vai caindo
Que bela poesia darias
Tal cama forrada de ganas
Mãos cegas nos toques
Sem visão do futuro me entregarias
De quatro tenho todo o tempo do mundo
Caçando minhas meias debaixo do beliche
Contando vitoria em pensamento
Enquanto me falas de fetiche
Nas memórias vive o doce segredo
As vontades insanas
Morre alguns desejos
Mas também vive alguns erros
Sempre soube que iriam me assombrar
Mas tão fantasmagórico que sentir saudade
É saber que nem sempre vivi em ti
E que o amor é só vaidade
Quando as palavras cortam
Um coração que ama
As ações pouco importam
Você sempre leva a fama
Seja ela qual for.