Sob o chão vermelho respingado

No som das gotas de chuva

Meu corpo esfria no respingo

Da gota mais gelada e graúda

Que vai caindo

Que bela poesia darias

Tal cama forrada de ganas

Mãos cegas nos toques

Sem visão do futuro me entregarias

De quatro tenho todo o tempo do mundo

Caçando minhas meias debaixo do beliche

Contando vitoria em pensamento

Enquanto me falas de fetiche

Nas memórias vive o doce segredo

As vontades insanas

Morre alguns desejos

Mas também vive alguns erros

Sempre soube que iriam me assombrar

Mas tão fantasmagórico que sentir saudade

É saber que nem sempre vivi em ti

E que o amor é só vaidade

Quando as palavras cortam

Um coração que ama

As ações pouco importam

Você sempre leva a fama

Seja ela qual for.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 18/11/2020
Código do texto: T7114843
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