Eterno passado
Tanta gente boa foi embora.
O mundo fica solitário...
Perene, e eu ausente.
Fico na distância d’um olhar...
De esclarecimento,
Onde lembranças doem
Afogando-me de saudades.
São tantos os que se foram,
Pedaço da história
De minha vida, que
Sempre finda...
Quando um se vai.
Não há em minhas reflexões
Diuturnas, luz ou trevas
Que restabeleça o prazer
Que tinha antes.
Hoje me apego aos que tenho.
Ao sopro dos ventos...
Que me abranda o Sol e que
Faz-me correr contra o tempo,
Para cair nos braços
Daqueles que amo
E que me esperam em casa.
E, daqueles que me querem bem
E não podem me esperar...
Fica uma tênue saudade.
Pois, a espera, como desespera!!!
Hoje desesperança é o que sinto
Ao ver meu passado pertencido
Que hoje me separa de tantos.
Vicente Freire – 19/04/2001.