O Garimpeiro de Mim
Socorro Correia
No deserto do meu silêncio,
Sinto a fria madrugada,
Elevada pelo vento.
E, a passional solidão,
Testemunha do meu tormento,
Faz triste minha alegria
E tece o meu pensamento:
Por quê amor?
Por quê esmeralda?
Decerto meu GARIMPEIRO
Essa pedra não lapida
Loura, raia a madrugada
Como efêmera aparição
Aquecendo o frio da minh’alma
Incendiando meu coração.
Que espaço, qual o tempo,
Que te separa de mim?
É a noite, a madrugada,
A manhã, a tarde, enfim?
Saudades de ti guerreiro,
Meu sempre garimpeiro.
A saudade hoje é a dor que representa uma anterior felicidade....