Vê se não chora, tá, Mãe?

Tô fazendo minha caminhada

Partindo daqui para outra chegada

Com novos destinos para outra nação...

E, desafiando em espírito, a busca por uma nova civilização.

Estou lhe dando o meu doce abraço.

Pois, a partir daqui, estarei dando um novo passo.

Mas deixo, convosco, as minhas doces memórias de infância

Vividas de tempestade e bonança...

E que, só agora, se traduzem em esperança.

Vou encarar os desafios que a Vida me reserva.

E colorir qualquer motivo de felicidade constante

Que a gratidão do Excelentíssimo, a mim, eleva.

Vê se não chora por mim daqui em diante!

Estou arumando as malas! Mas, por um instante,

Percebo as doces lembranças eternizadas na estante.

As fotos, o cigarro... na sala, me tornaria distante

Da notícia que, pra todos, será agonizante.

-Bem... o escritor se despede! (O seu móvel vai partir)

Lembranças terei dos Nativos daqui!

-Estou no móvel! Preciso ir! Com licença!

O mundo precisa da minha presença!!!

-Adeus... e até mais ver!

Vê se não chora, tá, Mãe?

Everton Oliveira
Enviado por Everton Oliveira em 25/11/2007
Código do texto: T752474