Saudade não mata a gente

De saudades não se morre!

De saudades se escorre

feito sorvete que derrete

ao calor das mãos e lábios

de quem lentamente o sorve

De saudades se desvela

se desperta os sentimentos

esquece-se de viver

apenas sofre-se em lamentos

mas nunca se chega a morrer

De saudades se vive apertado

feito nó em gravata bem dado

na garganta um espinho encravado

esperando essa hora bendita

em que se mata(ela), a dorida

Saudade não mata a gente

saudade não trás dissabor

é dor que deveras se sente

quem um dia perdeu-se em vida

quem um dia perdeu-se de amor.

Monica San
Enviado por Monica San em 28/12/2007
Código do texto: T795272
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.