Toca a bateria (Ventos verdejantes carnavalescos)

A praia escuridão

Chovia sem esperanças

Num estardalhaço anoitecer

Fez-se do bumbo andanças.

Mesmo sem ritmo, molhada e riste

O bloco solitário da andarilha

Seminua sem rua e descalça

Atada, embalada de lembranças.

Passado o temporal em ventos verdejantes

A lagoa escura alma da folia

Persistia fechada ao sinal de novos vendavais

Tudo parado no coração apaixonado.

A cidade repleta de transeuntes

Carnavalescos, blocos em fila desfilavam

Bebidas, risos, saiotes e fantasias de borboletas

As asas do desejo a dizer da louca paixão.

A saudade noite vem beber os ensejos

Na desilusão fantasia dos seus sonhos

Cantando o acorde de samba sem canção

Exilada na imensidão da multidão,toca a bateria.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 20/01/2008
Reeditado em 20/01/2008
Código do texto: T825068
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