Alma Calada...

Minha alma está calada,

Reservada ao silêncio.

Mais um dia completa os meus dias,

Sem qualquer promessa,

Sem qualquer projeto...

Estou no absoluto,

No luto, da solidão...

Hoje meus pensamentos estão reservados ao passado,

Separados por uma lágrima,

Uma saudade...

Nada mais...

Procuro um abrigo,

No coração de um amigo...

Hoje estou como estou,

Com medo,

Dos meus próprios segredos!

Minha alma,

Precisa de calma...

Minha alma,

Precisa de fé!

Restam-me apenas algumas palavras,

O vazio e um copo de café,

Frio...

Amargo...

O que me faz acreditar

Que um dia posso te reencontrar?

Poderia ter te amado mais,

Mas preferi ser egoísta...

Hoje esse vazio nos separa...

E me mata...

E me mata...

O Absoluto do meu luto,

Iluminará o meu caminhar,

Sem destino até o Acaso,

Me levar, pra junto de ti...

*** Poesia escrita "in memorian" do meu saudoso pai, cuja pessoa não tive oportunidade de dizer o que pensava ou o que sentia...

Rodrigo Paulino
Enviado por Rodrigo Paulino em 29/01/2008
Reeditado em 29/01/2008
Código do texto: T837383