SAUDADE

Ah, Anjo, como posso te fazer pleno
se o vazio em mim, também, habita?
Poderiam os beijos encher o espaço
entre  alma e  corpo?
Ou as letras  dar conta
de que és homem lindo, ainda 
não desperto do vôo celeste?
Poderia eu, humanamente,
por te querer um bem danado,
fazer-me etérea e pousar em ti? 

Seja pleno, Anjo, 
aterrize em ti mesmo,
depois voe para mim
e mergulhe-me a carne.

Divina Reis Jatobá
Enviado por Divina Reis Jatobá em 17/02/2008
Reeditado em 07/07/2008
Código do texto: T863108
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