ALENQUER

Alen Ker, Alen Kerk, Alamo Kerk ou Aranker, vila bonita

és um berço de embalar

por presépio és conhecida

tens um Alano para te guardar

Por El Rei Ataces fundada

foi por Gregos, Fenícios, Cartagineses

Alanos, Godos e Mulçumanos habitada

e por D. Afonso Henriques conquistada

Segundo a lenda viu D.Afonso Henriques um cão

que vigiava as muralhas de Alamo Ker

e por ele lhe ter vindo a sua mão e se chamar alão.

mandou atacar o local dizendo O Alão Quer.

Seu foral lhe foi concedido

por Dona Sancha então Infanta

ia o ano de 1212 decorrido

mais tarde se tornando Santa

Por morte de Sancho I, Sancha deveria receber,

segundo as testamentárias disposições,

o Castelo de Alenquer e todo o seu poder

e usar o título de Rainha das regiões

Criou polémica real

pois seu irmão Afonso II nada gostou

que tivesse a Sancha o Foral

e logo guerra declarou

Foi um periodo atribulado

que o foral causou

e o Infante Pedro chateado

a sua irmã Rainha de Leão se juntou

Quando Afonso II faleceu

Sancho II resolveu o problema

e a Alenquer Alcaide concedeu

mudando assim todo o sistema

O milagre das Rosas

em Alenquer teve lugar

foi nessas terras viçosas

que D. Dinis viu Santa Isabel probres ajudar

Alenquer à história de Portugal está ligada

nela nasceu Camões,Pero de Alenquer e Damião Gois

Beatriz Bastos actora famosa

e muitos incógnitos heróis

Templários, Santiago de Compostela

Fátima e da Peregrinação

são rotas que passam por essa vila bela

onde os feis vão em oração

Pessoalmente Alenquer eu não conheço,

mas a essa vila presépio estou ligado

por ela tenho imenso apreço

e através da Rva estou sintonizado

É meu elo de ligação

com o meu Portugal muito amado

e em Bogarréus essa povoação

conheci meu afilhado

Aqui fica minha homenagem

a essa vila de encantar

prometendo fazer lá uma romagem

quando a Portugal regressar.

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No Mundo poucos anos, e cansados

No Mundo poucos anos, e cansados,

Vivi, cheios de vil miséria dura:

Foi-me tão cedo a luz do dia escura,

Que não vi cinco lustros acabados.

Corri terras e mares apartados,

Buscando à vida algum remédio ou cura;

Mas aquilo que, enfim, não quer Ventura,

Não o alcançam trabalhos arriscados.

Criou-me Portugal na verde e cara

Pátria minha Alanquer; mas ar corruto,

Que neste meu terreno vaso tinha,

Me fez manjar de peixes em ti, bruto

Mar, que bates na Abássia fera e avara,

Tão longe da ditosa Pátria minha!

Luís de Camões

ALENTEJANO ORIENTAL
Enviado por ALENTEJANO ORIENTAL em 20/02/2008
Código do texto: T867319