DONO DE MIM

DONO DE MIM

Que contradição!

Na ciranda do tempo

Troquei o passo

Perdi o compasso

Errei a direção.

Andei em becos escuros

Molhei meus pés em lágrimas minhas

Dei de cara em um muro

Erguido por minha vida mesquinha.

Apagaram a luz do meu caminho

Me causaram dor,

Perdi o rumo andando sozinho

E agora já nem sei mais quem sou.

A vida é uma escola, menina

E o tempo, o professor.

Não te percas nas esquinas

Não faças como eu:

Não desandes por amor.

Na dança das horas

Esqueci a rima,

Errei a poesia tentando cantar,

Não ouvi meu coração que implora

Em achar alguém para amar.

Por isso é que faço poesias

Vivo tentando esquecer

Qualquer coisa Que me feriu um dia

E que me fez sofrer.

Nos cruzamentos do mundo

Eu me perdi tentando te achar,

Não podia perder nem um segundo

Eu só queria te encontrar...

Mas o sinal da vida

Deu vermelho para mim;

Acabou a minha ida

Terminou minha busca

Achei o meu fim!

Voltaria correndo se eu soubesse

De onde exatamente eu vim,

Mas coisas desse tipo

Não são tão importantes assim

(A gente esquece).

Sou de todos os cantos

Sou livre,

Sou dono de mim

Francisco Monteiro
Enviado por Francisco Monteiro em 24/02/2008
Código do texto: T873791
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