DONO DE MIM
DONO DE MIM
Que contradição!
Na ciranda do tempo
Troquei o passo
Perdi o compasso
Errei a direção.
Andei em becos escuros
Molhei meus pés em lágrimas minhas
Dei de cara em um muro
Erguido por minha vida mesquinha.
Apagaram a luz do meu caminho
Me causaram dor,
Perdi o rumo andando sozinho
E agora já nem sei mais quem sou.
A vida é uma escola, menina
E o tempo, o professor.
Não te percas nas esquinas
Não faças como eu:
Não desandes por amor.
Na dança das horas
Esqueci a rima,
Errei a poesia tentando cantar,
Não ouvi meu coração que implora
Em achar alguém para amar.
Por isso é que faço poesias
Vivo tentando esquecer
Qualquer coisa Que me feriu um dia
E que me fez sofrer.
Nos cruzamentos do mundo
Eu me perdi tentando te achar,
Não podia perder nem um segundo
Eu só queria te encontrar...
Mas o sinal da vida
Deu vermelho para mim;
Acabou a minha ida
Terminou minha busca
Achei o meu fim!
Voltaria correndo se eu soubesse
De onde exatamente eu vim,
Mas coisas desse tipo
Não são tão importantes assim
(A gente esquece).
Sou de todos os cantos
Sou livre,
Sou dono de mim